Vestidos: origem e evolução

Antigamente, os homens e também as mulheres usavam túnicas, que, acredita-se, sejam as ancestrais dos vestidos. Algum tempo depois, foi se reajustando e se tornou a vestimenta que conhecemos hoje.

Foi a partir da invenção da tesoura, no oriente médio, aproximadamente em 1.500 AC, que a confecção das roupas se desenvolve exponencialmente. As túnicas são a maior evidência da evolução das roupas neste período.

Nesta época, e por muitos séculos depois, só os membros da nobreza podiam se vestir com variedade e qualidade. Inicialmente era comum vestirem túnicas com cortes retos, sem muita distinção de modelo, mas decoradas com pedras e bordados. Esses adereços eram uma forma de distinção social.

Mas só a partir do século XVIII, depois da revolução francesa, quando ricos e pobres passam a se vestir de forma mais despojada e parecida, é que podemos dizer que o vestido passa a ser considerado como nos dias de hoje, uma peça exclusiva do vestuário feminino.

Em muitos momentos a história dos vestidos se confunde com a história da saia. No fim do século XIX, os vestidos ganham novas possibilidades de criação com a invenção da crinolina, armação que dava forma e volume às roupas das mulheres.

Até 1870 as cores dos vestidos eram mais neutras e os comprimentos eram mais longos. Mas ao longo desta década, cores mais vibrantes, tecidos mais fluidos e estampados começam a surgir no dresscode feminino da época.

No século XX, com a despedida das crinolinas e espartilhos, os vestidos passam a ter um caimento mais natural, com a cintura menos marcada. Um avanço na longa trajetória da revolução do vestuário feminino que conquistou o conforto e a mobilidade para as mulheres. No início do século, ainda em forte sintonia com o conceito de feminilidade romântico do século anterior, os vestido ainda eram feitos com muita renda e estampas bem delicadas.

A década de 20, com seus elementos que encantam as pessoas até os dias de hoje, trouxe um pouco mais de ousadia para a moda feminina. Os vestidos passam a mostrar os tornozelos das mulheres. A cintura era pouco ou quase nada marcada e o comprimento era um pouco abaixo do joelho. Estes modelos eram bem mais confortáveis que os vestidos pesados, com armações, das décadas anteriores.

Nessa mesma década foi criado o famoso Pretinho Básico de Coco Chanel. Para sermos mais exatos, foi no ano de 1926, quando a revista “Vogue” publicou a ilustração do vestido feito pela estilista.

Os vestidos dos anos 40 também tinham o comprimento um pouco abaixo dos joelhos, mas agora os modelos não tinham mangas longas e valorizavam o colo das mulheres, com um toque a mais de sensualidade.

Os vestidos tomara que caia, por exemplo, surgiram em 1946. O figurinista Jean Louis criou um tomara que caia em cetim para a atriz Rita Hayworth, estrela do filme Gilda.

Alguns anos mais tarde, em 1950, o estilista Balenciaga desenhou um modelo com busto e cintura bem justos e com a saia bem rodada. O volume nas saias dos vestidos, a cintura marcada e as estampas delicadas, como os poás, foram presença garantida na moda dessa década.

Os anos 60 trouxeram junto com a minissaia o mini vestido. O modelo era uma febre entre as mulheres, chegando até a ser usado por noivas em cerimônias de casamento.

Foi também nos anos 60 que surgiu o vestido tubinho, criado por Yves Saint Laurent.

O estilista lançou a coleção de vestidos “cocktail dresses”. A ideia era que esses modelos fossem usados em ocasiões próprias para trajes não muito formais. As estampas dos vestidos eram desenhadas com linhas gráficas e coloridas inspiradas nos quadros do artista Mondrian.

Os anos 70 trouxeram um clima mais leve para a moda e os vestidos nessa época incluem novamente o comprimento longo, porém, acompanhando a tendência da década, eram feitos com tecidos mais leves e modelos menos estruturados. Também na década de 70 Diane Von Furstenberg criou o famoso vestido envelope. O modelo é muito usado até os dias de hoje..

Nos anos 80 foi lançado o vestido jeans. Nesta época o jeans era tendência dominante e seu sucesso continuou por muito tempo. Até o início dos anos 2000, foi criada uma grande variedade de vestidos jeans com decotes, comprimentos e volumes diferentes atendendo aos mais variados estilos.

Atualmente, em meio a uma infinidade de modelo de vestidos, feitos com todo tipo de tecido, o que não falta é diversidade de vestidos jeans que combinam com todos os estilos.

Mas é claro! As novidades não param de ser criadas. Não podemos nos esquecer que os modelos de vestidos lançados a cada ano são desenhados em sintonia com as tendências identificadas pelos futuristas. No entanto, é interessante também perceber que a releitura do que foi moda nas décadas passadas também influencia bastante o que encontramos nas lojas a cada estação.

Fonte: blogModacad

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