Reciclagem de tecidos. Uma necessidade que não dá pra adiar.

O equivalente a um caminhão de roupas é enviado a cada segundo aos aterros sanitários das grandes metrópoles brasileiras. Menos de 1% das fibras têxteis são recicladas e destinadas a produção de novas peças. Isso coloca a indústria da moda em xeque, diante de um enorme problema ambiental, o que tem obrigado as marcas a repensarem seu modelo de negócio e produção.

O volume de material têxtil desperdiçado na confecção de roupas é preocupante. Em sua maioria, essas peças são pouco usadas e, na hora do descarte, seguem direto para o lixão, sem a possibilidade de serem recicladas.

Esta informação alarmante está no relatório A New Textiles Economy um importante estudo feito pela Fundação Ellen MacArthur, instituição global que incentiva a sustentabilidade no planeta.

Isso representa uma perda econômica anual em torno dos 500 milhões de dólares no mundo todo. Esse descaso representa níveis altíssimos de poluição, provocados diretamente pelo que o mundo da moda chama de Fast Fashion.

Novos modelos de negócios, baseados em economia circular são necessários, de forma que as roupas sejam usadas mais vezes e que sejam produzidas a partir de materiais seguros e de fontes renováveis.

Nós, consumidores, temos papel fundamental para que este cenário se modifique. Devemos estar atentos aos impactos ambientais que a não reciclagem, o não descarte correto, causa ao nosso já prejudicado meio ambiente. Marcas e designers já se deram conta disso e já iniciaram uma reformulação em sua forma de produzir e comercializar, para que as peças não se tornem um resíduo.

Aqui no Brasil

Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), de 2018, indicam que o Brasil é considerado a quinta maior indústria têxtil do mundo e o quarto maior produtor de denim (tecido usado para fazer o jeans) e de malhas mundial. O país produziu cerca de 8,9 bilhões de peças no total, em 2018, incluindo vestuário, cama, mesa, banho, meias e outros itens. Tanto potencial na indústria têxtil resulta na geração de aproximadamente 160 mil toneladas de resíduos por ano no país. Isso antes da pandemia. Pensemos nisso antes de jogarmos as roupas que não queremos mais em qualquer aterro.

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